As 14 Ferramentas Da Qualidade

As 14 FERRAMENTAS da Qualidade

O que e quais são essas ferramentas da qualidade?

São técnicas utilizadas pelos profissionais para melhorar a qualidade de projetos, produtos, sistemas e processos.

Identificar possíveis problemas que possam ocorrer gerando uma ação preventiva, priorizar ações, listar causa e efeitos ou fornecer uma forma de analisar a negatividade ou ineficácia de um processo ou ambiente por exemplo, são algumas das aplicações dessas ferramentas

A economia global está cada vez mais dinâmica e, com o avanço tecnológico, novidades surgem a todo momento e são capazes de alterar as regras do jogo de uma hora para outra. Nesse contexto justifica-se a preocupação atual com a gestão e o controle da qualidade. Entretanto devemos estar preparados para novas ferramentas e suas atualizações.

Então trataremos agora de 14, e não 7 Ferramentas para a Qualidade, pois cada uma à sua maneira ajudam nessa missão.

Começando com as sete primeiras ferramentas, elas são as mais popularmente aplicadas e historicamente associadas à evolução da qualidade. Como a área de Gestão da Qualidade tem se desenvolvido em grande velocidade, nos últimos anos, novas ferramentas e metodologias voltadas para garantir um alto padrão em todas as entregas não param de surgir.

Vejamos:

1. 1. 1. Diagrama de causa e efeito (ou diagrama de espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa).

         É utilizado para representar claramente as potenciais causas que afetam um processo por classificação e relação entre as causas. As causas principais podem ser classificadas atualmente em 6 fatores, como, por exemplo: método, mão de obra, material, máquina, medição e meio ambiente. Geralmente ele é elaborado durante o momento de análise e discussão realizada com a participação de uma equipe multifuncional, incluindo representantes dos diferentes processos envolvidos não evento em questão.

      2. Folha de Verificação

         A folha de verificação é mais uma das diversas ferramentas da qualidade aplicada para estabelecer de forma padronizada a coleta de dados de determinado processo ou evento ao longo do tempo. Organizando, por exemplo, as informações do monitoramento de um conjunto de amostras de forma quantificada, com sua variação e tendências no período a ser analisado.

         

      3. Histograma.

         É uma ferramenta baseada em conceitos estatísticos, por meio da qual pode-se observar a variabilidade de determinada característica de um processo, em outras palavras, torna “previsível” o comportamento desse mesmo processo, caso ele continue a operar dentro das mesmas condições (material, máquina, método de operação e medição, etc.).
         Geralmente os histogramas são a parte inicial de estudos utilizados em conjunto com os gráficos de controle e, subsequentemente, usados para Controle Estatístico de Processo (CEP).

         

      4. Gráfico de Pareto.

         É mais uma das ferramentas da qualidade que é aplicada tipicamente para identificar os principais eventos relacionados à causa ou característica de um evento analisado. Ela é baseada no princípio de Pareto 80/20, partindo daí: 80% das falhas mais frequentes ocorridas em uma linha de produção ou mesmo em serviços prestados, estariam relacionadas a 20% das causas mais comuns.

         

      5. Diagrama de correlação (ou gráfico de dispersão).

         Ele tem como objetivo principal permitir que se observe a tendência de correlação entre duas variáveis e em que grau se encontram. Por exemplo: será que o aumento de atendentes em um call-center produziria o aumento da satisfação dos seus clientes, na mesma proporção?

         

      6. Fluxograma.

         É uma das ferramentas mais conhecidas e pode ser utilizada para que a sequência de atividades existentes para se conseguir um resultado final, seja conhecida. O Fluxograma permite conhecer similarmente, em quais etapas existem gargalos ou, ainda, se a própria sequência do processo é de conhecimento de todos os envolvidos.

         

      7. Gráfico de controle (ou carta de controle).

         Ferramenta que possibilita a análise da variação de determinada característica de um processo. Além de ser uma das ferramentas da qualidade, também é amplamente aplicada, por exemplo, nos estudos do Controle Estatístico de Processo (CEP).

         

      8. Método PDCA (Plan – Do – Check – Act).

         Tem como principal objetivo planejar tarefas simples ou complexas. Ela propõe um ciclo que permite revisitar o problema quantas vezes for preciso até atingir o resultado ideal. Como uma das ferramentas da qualidade, ela promove a melhoria contínua dos processos.

         • Plan (Planejar): estabelecer objetivos e metas;
         • Do (Executar):implementação do plano e execução do processo;
         • Check (Verificar): análise dos resultados obtidos relacionados os objetivos e metas estabelecidos; e
         • Act (Agir): avaliação das causas dos desvios detectados e estabelecimento de ações corretivas.

         

         Para entender melhor o conceito, confira nosso PodCast QUALISOUND, que neste episódio fala sobre PDCA e sua aplicação por exemplo!

         Tá muito legal, aperta o PLAY abaixo e aproveita!

         QUALISOUND PodCast da QUALIKADI – Episódio 8 PDCA

      9. FMEA (Failure Mode and Effect Analysis).

         Outra ferramenta de melhoria contínua, Análise de Modo e Efeito de Falha, utilizada frequentemente na etapa de desenvolvimento de um produto/serviço ou processo com o objetivo de prever falhas possíveis e gerar ações preventivas. O setor de engenharia, por exemplo, utiliza muito esta ferramenta.

         

      10. 6 Sigma.

          É uma ferramenta estruturada para promover a melhoria contínua dos processos já existentes tornando-os mais eficaz, eliminando sua variabilidade e defeitos dos produtos/serviços. Esta técnica de múltiplos propósitos também é uma das ferramentas da qualidade. Em estatística o σ (Sigma) representa o desvio padrão, que trazidos para a gestão da qualidade aplica métodos estatísticos em processos com a finalidade de eliminar defeitos. A maioria das empresas opera no nível 3 Sigma, o que equivale a 35.000 defeitos por milhão. O nível 6 Sigma gera apenas 3,4 defeitos por milhão. As normas de qualidade geralmente trabalham com 4 Sigma.

          

      11. 5W2H (What? – Why? – Where? – When? – Who? – How? – How Much?).

          É uma ferramenta prática para a execução de tarefas com eficiência e agilidade, também conhecido como Plano de Ação, visando maior produtividade, sendo utilizadas 7 perguntas sobre a atividade a ser executada, por exemplo:

          • What? (O que fazer?): etapas;
          • Why? (Porque fazer?): justificativa;
          • Where? (Onde será feito?): local/área;
          • When? (Quando será feito?): data;
          • Who? (Quem fará?): responsável;
          • How? (Como será feito): método, procedimento, sistemática;
          • How Much? (Quanto vai custar?): custo estimado.

          

      12. CEP (Controle Estatístico de Processos).

          Ferramenta que reúne uma série de técnicas estatísticas, que permitem analisar o desenvolvimento de um processo e verificar se o resultado apresentado está de acordo com a meta. Ela busca as perspectivas: do processo, que utiliza dados coletados de processos anteriores e que servem de referência para análise dos resultados atuais; e também do cliente, pois apresenta os dados sobre sua satisfação para então ajustar os produtos/serviços.

          

      13. Método PDSA (Plan – Do – Study – Act).

          Ferramenta da qualidade que promove a mesma metodologia do PDCA, sendo que a principal diferença entre elas estaria no fato de que o termo “checar”, em inglês, remete muito mais ao ato de evitar, reter ou bloquear, enquanto se deveria sugerir uma análise muito mais aprofundada em sua segunda etapa, ou seja, não bastaria identificar o que deu errado, mas também descobrir o porquê deu errado – tudo para que, na próxima etapa, o processo siga de maneira assertiva. Então aqui substituiu-se o C (do PDCA) pelo S, ficando PDSA.

          

      14. 5S (Seiri – Seiton – Seiso – Seiketsu – Shitsuke)

          Metodologia japonesa para delimitar as cinco etapas consecutivas para organização de equipes e ambientes de trabalho e utilizada como uma das ferramentas da qualidade. Abaixo apresentamos cada fase:

          • Seiri: senso de utilização e descarte;
          • Seiton: senso de ordenação e organização;
          • Seiso: senso de limpeza;
          • Seiketsu: senso de normatização; e
          • Shitsuke: senso de autodisciplina.

          

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Para concluir é importante entender que as aplicações dessas ferramentas da qualidade não obedecem uma sequência nem uma aplicação específica, mesmo que algumas delas sejam claramente mais adequadas para determinadas funções. Um dos usos mais comuns dessas ferramentas ocorre durante a aplicação de metodologias de análise e solução de problemas. Para finalizar concluímos que cada gestor avalie as ferramentas que melhores se aplicam à sua área e que serão capazes de indicar o caminho mais adequado para aplicação de melhorias e se forma contínua. Em outras palavras, os melhores profissionais utilizam as melhores ferramentas.

Taysa Neves Pereira